sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

JOIO: A SEMENTE QUE CONTAMINA O CAMPO

Pr. Gomes Silva

Certa vez Jesus Cristo contou a parábola do joio e o trigo (Mateus 13:24-30), afirmando que o inimigo havia semeado o joio no meio da plantação de trigo e saiu. Então, vieram os discípulos e lhe perguntaram: “Queres, então, que o arranquemos”? (v. 29). A resposta do Senhor foi simples: “Deixai que ambos crescerem juntos até a colheita. Na época da colheita, direi aos que fazem a colheita: Ajuntai primeiro o joio e atai-o em feixes para queima-lo; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro” (v. 30).
O estudioso Dennis Allan (www.estudosdabiblia.net) faz considerações importantes sobre o texto referido. Segundo ele, algumas pessoas ensinam que esta parábola fala sobre a igreja, mostrando que os pecadores convivem com os fiéis na igreja, aguardando o julgamento final de Deus. Mas tal interpretação, segundo ele, contradiz a palavra do Senhor.

E justifica dizendo que, “o próprio Jesus explicou a parábola, dizendo que "o campo é o mundo" (Mateus 13:38). No mundo, os servos dele convivem com os pecadores. Ele orou sobre os apóstolos: "Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou" (João 17:15-16). Embora os servos dele sejam santificados, não podem sair do mundo”.

JOIO: A SEMENTE QUE CONTAMINA O CAMPO

Pr. Gomes Silva

Certa vez Jesus Cristo contou a parábola do joio e o trigo (Mateus 13:24-30), afirmando que o inimigo havia semeado o joio no meio da plantação de trigo e saiu. Então, vieram os discípulos e lhe perguntaram: “Queres, então, que o arranquemos”? (v. 29). A resposta do Senhor foi simples: “Deixai que ambos crescerem juntos até a colheita. Na época da colheita, direi aos que fazem a colheita: Ajuntai primeiro o joio e atai-o em feixes para queima-lo; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro” (v. 30).
O estudioso Dennis Allan (www.estudosdabiblia.net) faz considerações importantes sobre o texto referido. Segundo ele, algumas pessoas ensinam que esta parábola fala sobre a igreja, mostrando que os pecadores convivem com os fiéis na igreja, aguardando o julgamento final de Deus. Mas tal interpretação, segundo ele, contradiz a palavra do Senhor.

E justifica dizendo que, “o próprio Jesus explicou a parábola, dizendo que "o campo é o mundo" (Mateus 13:38). No mundo, os servos dele convivem com os pecadores. Ele orou sobre os apóstolos: "Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou" (João 17:15-16). Embora os servos dele sejam santificados, não podem sair do mundo”.

Mas na igreja é diferente. Quando o joio se manifesta entre o povo de Deus, deve ser arrancado. Paulo instruiu a igreja dos coríntios sobre como resolver o problema de imoralidade no meio da congregação. Ele usou palavras fortes para descrever a atitude certa em relação ao irmão que volta e permanece no pecado: "...já sentenciei...que o autor de tal infâmia seja...entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].... Lançai fora o velho fermento....agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador" (1 Coríntios 5:3-5,7,11). Paulo escreveu aos tessalonicenses: "Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente..." (2 Tessalonicenses 3:6).

É bom ressaltar que o mesmo Cristo que deixou o joio com o trigo no mundo, fortemente criticou a igreja em Tiatira: "Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos" (Apocalipse 2:20).

Paulo resumiu bem a diferença entre a igreja e o mundo: "Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor" (1 Coríntios 5:13).

Em sua análise sobre a mesma parábola, a estudiosa Gilda Carvalho (www.amaivos.com.br), ressalta que, por serem parecidas, as sementes do joio e do trigo acabam sendo lançadas juntas no mesmo campo.  E juntas acabam por crescer.  O joio, porém, é uma planta que sufoca as que crescem perto dela, impedindo seu desenvolvimento. O trigo, por sua vez, é a semente que vai gerar o pão que alimenta corpo e alma.  Se o joio não for arrancado a tempo poderá estragar toda uma plantação.

Diz ainda Gilda Carvalho: “Muitas vezes é necessário que cresça junto com o trigo, pois o ato de arrancá-lo pode comprometer também a boa planta. Na colheita é necessário separá-los e lançar fora o joio que de nada serve para o homem e preservar o trigo que se tornará alimento”.

Mas como tem sido o comportamento do joio no meio do trigo? Ele vive de várias formas, deixando muita gente admirada com suas ações enquanto que outras convivem com a dúvida sobre a sua conversão.

O joio um dia está na igreja motivado, envolvente e mostrando-se uma pessoa altamente espiritual (comunhão com Deus). No outro, desaparece; e quando surge de repente sempre trai consigo um “caminhão” de situações conflituosas. Ele senta geralmente entre o meio e à porta da igreja e sempre se incomoda com o horário do culto ou com a mensagem que está sendo ministrada pelo pastor, muitas vezes, alvo de suas críticas. Ainda como resultado de sua presença no meio do trio, o joio geralmente se mete em confusão, causando divisão e contenda no meio cristão.

O pior é que, de vez em quando, esse joio se mete onde não é cabível ao trigo: Vai a festas mundanas, se alia a quem tem uma vida contrária aos princípios da Palavra de Deus, andam lado a lado com quem é desprezível pela sua opção de vida e condena qualquer aversão a tais companheiros seus.

Em conformidade com Gilda Carvalho, Joio e trigo são sementes que crescem juntas no coração humano! Sementes que não podem, porém, ser misturadas sob pena de uma sufocar a outra e, pior, a ruim sufocar a boa. É preciso, por isso, uma constante vigilância, uma permanente escuta e leitura de nossa vida para perceber qual a semente que mais cresce em nós. É fundamental, por fim, a oração, via por onde Deus nos fala e nos aponta caminhos para descobrir as condições ideais para crescimento da boa semente, afastando com sua mão poderosa o temido joio.  Possamos, pois, produzir constantes frutos bons, alimentando os outros e semeando boas sementes.

Mas não podemos esquecer a exortação do apostolo Paulo: "Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor" (1 Coríntios 5:13).